E então chegamos à igreja... A cerimônia estava marcada para 21:00 hs., e eu cheguei por volta de 20:50 hs. Não gosto de noivas que chegam atrasadas porque não acho justo com os convidados, além de que, quanto mais eu me atrasasse, mais tempo de festa eu perderia.
Um problema bastante comum é algumas noivas se atrasarem por causa do atraso da noiva do casamento anterior (aconteceu isso com a minha irmã), mas, no meu caso, graças a Deus eu não corria esse risco, pois o meu casamento era o único da noite. Ainda assim, acredito que eu tenha entrado na igreja em torno de 21:15 hs., que foi quando o meu famigerado cerimonial (ainda falarei bastante sobre ele!) conseguiu organizar tudo e me autorizar a entrar.
Bem, assim que o carro estacionou próximo à igreja, minha mãe desceu para se juntar aos demais que participariam do cortejo; e minha irmã saiu de junto dos outros para vir correndo ver como eu estava! Perguntei a ela se estava tudo certo, se estava faltando alguém e se o noivo não tinha fugido (rs), e ela me disse que estava tudo na mais perfeita ordem. Depois descobri que as pessoas contam às noivas umas certas mentirinhas nessas horas só pra tranquilizá-las, pois bem depois disso eu vi uma das daminhas chegando atrasada!
Mas, por incrível que pareça, eu estava tranquila nesse momento. Fiquei conversando com o motorista e com o fotógrafo e, enquanto o tempo passava, dá-lhe foto. . .
Então comecei a curtir a chegada das pessoas. Nessa hora, os convidados que ainda estavam chegando já estavam atrasados e era até engraçado ver as mulheres correndo de salto alto. Percebi também a entrada de dois casais completamente desconhecidos e, na hora, cheguei a ficar chateada pela presença de penetras. Mas depois me dei conta que isso é bem normal na igreja. Como não há controle de entrada, os casais costumam ir a outros casamentos para conhecer os serviços dos fornecedores. E, felizmente, na festa eu não identifiquei ninguém que não houvesse sido convidado!
Os vidros do carro que eu estava eram bem escuros e, por isso, não resisti e pedi para o motorista chegar quase que na porta da igreja, só para que eu pudesse espiar tudo mais de perto. Foi divertido ver as pessoas tentando me espiar, e as crianças grudadas na grade tentando enxergar alguma coisa!
Até esse momento, eu não tinha conseguido ver o Mateus, e o coração acelerou mesmo quando eu ouvi o coral tocar a Marcha de Aída, música da entrada do noivo, pais e padrinhos. Acho essa música bem forte e emocionante em qualquer situação. . . imagine nesta!
Ali de onde eu estava, eu só conseguia enxergar quem estava bem na porta da igreja. Lá dentro eu não via nada. . . Então, todos sumiram da minha vista e só restaram o meu pai, as crianças e a Beatriz, que é avó do Lucas, meu sobrinho de 1 ano, e foi incumbida da difícil missão de fazê-lo entrar na igreja com as demais crianças.
A Isadora, que seria a primeira dama a entrar, estava na frente e tentou de várias maneiras pegar na mãozinha dele, mas quando o Minueto de Bach começou a tocar, o Lucas saiu batendo palminhas pro outro lado. Não lhe restando outra opção, a Isadora começou a caminhar sozinha, seguida pela Duda e pelo Caio, que levava a almofadinha com as alianças.
Claro que eu torcia demais pro Lucas entrar, mas eu já estava esperando por isso e, na hora, conforme havia combinado comigo mesma, não me abalei. E, até o final da cerimônia, eu jurava que ele não tinha entrado na igreja. Mas depois fiquei sabendo como foi: assim que o Caio entrou, a Beatriz conseguiu colocá-lo no meio do corredor, saiu de perto dele e a porta foi fechada. Sem saber aonde estava, ele começou a andar meio perdido, olhando pras pessoas, até perceber o fotógrafo, Guilherme, agachado bem ao lado dele. Foi então que o Guilherme teve a sensibilidade de lhe estender a mão e os dois saíram caminhando juntos rumo ao altar. Depois de passada a metade do caminho, ele enxergou a mãe dele lá na frente, abriu um sorriso e saiu correndo ao seu encontro. Enfim, foi lindo!
Bem, por diversos motivos que eu ainda detalharei nos próximos posts, nós não contratamos filmagem para o casamento. Mas, ao mesmo tempo, eu queria ter um registro dessas entradas. Afinal, todo mundo vê tudo, menos a noiva! Então, pedimos para um amigo, o Marcinho, filmar os cortejos pra gente, mas a noiva aqui estava tão enlouquecida que lhe entregou uma câmera com pouca bateria e com pouca memória. Isso prejudicou um pouco os vídeos, mas ele se virou nos 30 e conseguiu registrar os principais momentos! E assim foi a primeira entrada:
Ahhhhhh, não foi lindo??? Por que será que eu ainda choro só de ver???
Não sei se gosto mais da expressão tranquila e feliz do meu noivo lindo. Ou da alegria da minha mãe. Ou do choro emocionado do vô e da vó. Ou da entrada descoordenada dos meus padrinhos (rsrs). Ou do profissionalismo da Isa, que entrou como uma princesinha. Ou do jeitinho inocente da Duda. Ou da cara de sapeca do Caio. Ou daquela coisinha pequena do Lucas que fez o seu showzinho à parte. Só sei que posso assistir a esse vídeo um milhão de vezes que não me canso de ver cada um desses detalhes! E aí estão algumas fotos também:
Quando a porta se fechou, vieram me buscar no carro. A minha hora tinha, enfim, chegado! A cerimonialista ajeitou o meu longo véu, me falou algumas palavras reconfortantes e eu dei o braço ao meu amado pai, que estava numa alegria ao mesmo tempo contida e explícita. Eu ainda estava descendo do carro quando ouvi a clarinada no trompete triunfal, e quando cheguei na porta da igreja, já tocava a marcha nupcial (infelizmente, esses momentos não aparecem no vídeo). Juro que até essa hora eu estava apenas um pouco ansiosa, nada mais que isso. Tanto que estava até conseguindo reparar na decoração e ainda reclamar a respeito com a cerimonialista (como eu já disse, ainda falarei mais sobre isso). Mas, quando a porta se abriu e a nona sinfonia começou a tocar. . . meu Deus!!!!!! Eu jamais vou conseguir explicar o que eu senti naquele momento! Era o instante mais sonhado de todos. . . aquele que estava nos meus pensamentos todo santo dia antes de dormir. . . mas, ainda assim, foi muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuito mais emocionante do que eu podia imaginar!
Bastou a porta abrir pro meu coração quase sair pela boca e as lágrimas saltarem instantaneamente dos meus olhos. Eu não pretendia chorar, mas as lágrimas desciam naturalmente sem que eu pudesse contê-las. Pelo menos elas não impediram meu sorriso. Consegui rir e chorar ao mesmo tempo como nem eu sabia que era capaz. E só conseguia ouvir a música lindamente cantada pelo coral e enxergar uma única pessoa: o Mateus! Eu sempre tive como propósito olhar apenas para ele na entrada, mas achei que eu não resistiria a dar aquela olhadinha pros lados para cumprimentar as pessoas, ainda que com os olhos. Mas eu consegui! Me desculpem os convidados, que eu fiz questão de cumprimentar na saída, mas aquele momento era nosso. Era para o encontro dele que eu estava caminhando, tanto na igreja quanto na minha vida. Era o olhar dele que eu precisava encontrar. E enxergar o homem da minha vida ali, me esperando, foi a sensação mais maravilhosa e intensa que eu senti até hoje! E com larga vantagem sobre qualquer outra!
Apesar de eu ter ficado com o rosto bem estranho nesse vídeo e de, por burrice minha, alguns momentos não terem sido registrados, foi mais ou menos assim:
Agora as fotos:
E assim foram os instantes que eu jamais me esquecerei, não importa quantos anos se passem. . . No próximo capítulo, eu conto a segunda parte da cerimônia!
Incrível como tu consegue transformar sentimento em palavras, Lud! Muito lindo.
ResponderExcluirbeijos, Grazi
Estou cada dia mais apaixonada por esses relatos, não termine nunca.Assunto não faltará com certeza!
ResponderExcluirMuito obrigada, queridas leitoras que nunca me abandonam!!! :)
ResponderExcluirFilha, foi divino reviver o seu casamento com o Mateus. As fotos estão lindas, interessantes e todas elas nos colocam de novo na linda igreja de Santo Antônio da Pampulha e ativam a nossa emoção daquele dia. Inesquecível!
ResponderExcluir