Acabei de ganhar o presente mais lindo do mundo que eu poderia ter ganhado nesse dia tão especial. . . Meu amor me mandou o texto que reproduzo logo abaixo, pedindo que fosse publicado no blog e exigindo que eu não alterasse nenhuma vírgula.
Seu pedido é uma ordem! Aí está a nossa história aos olhos do NOIVO:
Olá a todos,
Bom dia ou boa tarde...ou
até mesmo boa noite (só depende do horário em que será efetuada a
leitura...kkk)
É sabido por todos os
nossos queridos amigos, padrinhos e familiares que estamos em ano de eleição,
digo, de preparação para o casamento que será realizado em Maio do próximo ano.
Desde o início da
caminhada da Ludmila (aqui o único ponto onde irei me referir a minha noiva
desta forma, nas demais remissões utilizarei apelidos carinhos de nosso
cotidiano) por esta linha do tempo que vai tornando-se o Blog, sempre comentei
que um dia escreveria alguma coisa em “comemoração” a esta excelente ideia da
minha baixinha.
Pensei, repensei, lembrei,
imaginei, criei, desisti, tomei coragem e....não cheguei a uma conclusão do que
seria escrito aqui neste espaço tão único.
Num primeiro momento
imaginei que deveria fazer um “contra-blog”, sim! Isso! Não seria um blog contrário
ao casamento, mas sim, um blog que falaria dos momentos do noivo...algo com
título...Blog do Noivo a caminho da forca, digo, do Altar....hahaha...esta
ideia logo foi afastada, vez que, nosso sofá não é tão confortável assim e a
casa da Brahma (sim! Nossa cadelinha chama-se assim) não comportaria dois
gordinhos num local tão pequeno.
O Complicado seria colocar em algumas linhas
toda uma história...logo vi que não possuiria este talento todo. Há exatos 365
dias comecei a caminhar no sentido contrário ao que sempre caminhei, sim....eu
que sempre gostei de farras, festas, Oktoberfest (PS1:Continuo amando
Oktoberfest e esse ano levo a Baixinha cmgo) e etc, me deixei envolver e fui
aprendendo que nem tudo de importante nessa vida é isso....existem coisa muito melhores.
Certas coisas ainda me
causam medo, confesso que possuo curiosidades: Se o casamento é tão bom, porque
a noiva casa de branco e o noivo de preto? Ele está de luto??? Por que
precisamos usar uma aliança dourada e chamativa “a la outdoor”? Uma aliança
transparente com custo de 0,00000001% da de ouro não selaria a mesma união? Por
que tantos padrinhos? Por que tantas testemunhas? Seriam elas subsídio da noiva
ao caso de tentativa de fuga? Seria possível a fuga? Alguém sabe como (respostas
devem ser enviadas a meu email particular...hahaha)?
Brincadeiras à parte,
confesso que nunca fui exemplo de estudos, dedicação, projetos futuros e até
mesmo nunca cheguei perto de ser um bom dono de cachorro (ninguém imagina como
a Brahma possui forte “dom” arquitetônico...faz cada castelinho...). Todavia,
isso mudou, encontrei Jesus...hahaha....não brincadeira...encontrei uma
mineirinha de largo sorriso e versão Pocket (de bolso!heheh).
Bom, antes de contar-lhes
minha saga até os dias atuais deixarei registrado um grande aprendizado de meus
tempos de solteiro: QUANDO FOREM LEVAR UMA MULHER ESPECIAL PARA JANTAR,
JAMAIS, G R I F O, J A M
A I S, ECONOMIZEM!
Era uma vida perfeita,
apesar de não possuir registro na Ordem dos Advogados, era um modesto consultor
de Departamento Pessoal e Previdência, com salário que atendia minhas
necessidades festivas e ainda me garantia conforto para pequenas viagens e
poucos luxos. Morava com meus pais, tinha casa comida e roupa lavada, e ainda,
contava com o carinho de meu avô e de minha avó (grifo2: melhor feijão do
mundo).
Possuía carro próprio, uma
vida interessante, noites, amizades...um primo que adorava um Pub noturno (o
lugarzinho murrinha! O resultado disso vide:www.franemarcus.com) e que por
sinal, assim como eu, também está pagando cada um de seus pecados.
Como reclamar? Não teria
motivos.
Bom, tudo começa a mudar
num dia qualquer, de uma semana qualquer em que um amigo (ainda mato o
desgraçado que me tirou de casa naquela noite!) me torrou as ideias para
sairmos para “apenas uma cerveja”. Ledo engano.
Resolvemos sair e nos
deslocamos até o chamado Pub NY72 em Porto Alegre. Clima de festa, noite fria,
mas com calor humano forte. Casa lotada, cerveja gelada..23h....24h...1h...da
madrugada o papo fluía e as risadas desalinhavam-se entre olhares para um lado
e outro.
A certo ponto do trago,
digo, da noite, meu colega de farra aponta para uma pequena junção de mulheres
apoiadas no balcão do bar. A frase: Meu! Olha ali....tem um esquema ali olhando
pra cá! Neste momento desviei o papo e sutilmente virei o olhar para o lado
indicado.
A situação era perfeita,
em meio a várias “altonas” uma baixinha linda, de olhar atraente e com um bocão
MARAVILHOSO sorrindo para mim. Logo pensei: É HOJE!!
Antes não tivesse pensado!
Após alguns olhares, sinais e muitas risadinhas amarelas tomei 1 garrafa de
cerveja a soco (sim! Ou alguém aqui acha q é fácil tomar coragem para chegar em
mulher bonita?) e fiz menção de tentar o diálogo... nesta hora “atraca” (ou
pelo menos tenta) ao lado daquele Porto todo um mala...como é difícil a vida de
uma mulher solteira na noite desviando de um mala!
Começa a conversa e meu
amigo já as gargalhadas me dá o apoio que já esperava dele: IHHHH....TE
FUFU!hahahaah
A resposta veio em bom
tom, fica tranquilo, como diria outro amigo: Toca a bola em mim, conta até 3
levanta os braços e grita gol!
Passados alguns instantes
pensei: Como afastar o mala daquela miúda?! Bato nele? Bato no meu amigo e jogo
contra ele (teria sido uma boa solução)? Bato na nuca do segurança e digo que
foi ele? Faço algum gesto pra ela? Chego na frente dele me apoio e dou as
costas pro mala?
Bom, optei por gestos. Por
cima do ombro do malandro, fiz um gesto negativo para a menina de baixa
estatura (a estas alturas do texto, ela deve estar A-M-A-N-D-O a brincadeira)
sinalizando que não deveria dar assunto para o chato e que gostaria de falar
com ela. Sim, ideia meio idiota...mas...
Passados alguns segundos,
percebo que toda aquela minha mímica (parecia um tradutor surdo/mudo fazendo
gestos para explicar a propagando política da TV dentro de um quadradinho no
canto inferior) tinha apresentado resultado, a pequenina me olha sorrindo, faz
sinal de positivo e sorrateiramente sai do raio de alcance do pé no s_ _ _.
Bom, a estas alturas meu
companheiro já tinha tido uns 4 ou 5 ataques de risadas com leve sintoma de
espasmos musculares da situação. Fato é que ela tinha saído de meu campo de
visão com as amigas para outro lugar, parecia ter ido ao banheiro.
Após alguns instantes, retorna
o time todo, com direito a paradinha no mesmo local de antes. Bom, o sorriso da
baixinha ia de orelha a orelha (oooooo boca grande mais linda aquela neh?) e
mais alguns sinais adiante me fez aquela chamadinha com o dedo indicador que o
pai faz ao filho quando vai bater nele.
Na mesma hora, fiz sinal
negativo e apontei que ela deveria vir até mim (Sim neh gente!!! Tinha que
valorizar o passe!!! Quando é muito fácil não se dá o devido valor!!! E outra,
naquela noite eu tava difícil! hahahaha). Por razões óbvias ela sorriu e negou
o passeio no campo de jogo vizinho.
Buenas, se a montanha não
vem a Maomé....resolvi chegar até ela: Oi, tudo bem? Posso saber teu
nome?...daqui pra frente procedimento padrão...o que faz da vida, esse sotaque
não é daqui, que legal...mineira, onde mora e bla...bla...bla...
As amigas impacientes com
a situação de abandono que ficaram resolveram ir embora. Arrebanhei a
Mineirinha para a mesa onde estava o já não tão sorridente amigo aquele que me
apoiava MUUUUUUito.....
Mais algumas conversas,
cervejas, papinho, duas caipirinhas (desde aquele dia percebi que ela possuía
algo com caipiras... só não sabia o tamanho...) e mais algumas risadas, meu
amigo resolve ir ao banheiro! FEITOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
GOL DO IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNTEEEEEEEEEEEEERRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!....
Opa...gol do casamento neh! E olha que naquele dia eu nem sabia de nada!
Dizem por aí que quando se
conhece a pessoa certa escutamos sinos, anjos e etc... não foi nosso caso... em
razão da bebida no máximo escutei um sertanejão (“vai começar a sucessagem...”)
provido da banda que animava o local.
No fim, após beijos e a
sensação de dever cumprido (kkkk....amor, é só um texto lúdico tah?), dei
carona para a pequena, a deixei segura na porta de seu prédio e fui para casa
curar o estrago da noite.
Daquele dia em diante
foram vários encontros, jantas, passeios, uma cara de pau do tamanho do Cristo
Redentor que existe no RJ... sim, fiz churrasco e conheci a sogra sem ao menos
ser namorado!!kkkkk....quem tá na chuva é pra se molhar neh!
Só sei que nada sei,
afirmação quase poética não? Passaram-se os dias, aquele papo de sem pressão é
conversa mole viu?!?!?! Tava empurrando geral com a barriga para namorar...eu
pressentia que estava ferrado!!!
Neste passo o tempo fez
seu curso e levou ao namoro...dali pra frente...começamos a nos ver mais
seguidamente ainda...levei para conhecer meus familiares e por aí foi...
Aqui uma parada
estratégica: Na noite em que a Lud conheceu o pessoal lá de casa, eu pedi pra
ela me buscar em casa porque supostamente meu carro tinha quebrado. MENTIRA DAS
GROSSAS! Eu só queria que ela fosse apresentada para a família de roupas
simples e sem grandes produções.
Com um visual “Cheguei da
Etiópia, não achei tênis e coloquei chinelo de dedo mesmo”, fiz ela estacionar
o carro e subir até o apartamento para que fosse devidamente apresentada.
Cumpridas as formalidades, voltemos ao texto.
Como todo caso em início
de vida a dois, tentávamos passar o maior tempo juntos, começamos a passar as
noites e manhãs ao lado. Neste momento confesso que já havia percebido que tudo
tinha mudado...
Descobri que a Mineirinha
tinha que ser acordada para não perder a hora por sua Mamãe toda Santa manhã
com uma ligação telefônica de BH para POA, até ai tudo bem, mas.... EU NÃO
TINHA HORÁRIO!!! PODERIA DORMIR MAIS PÔÔÔ!!!!hehehe....aliás...que raios de
sono é esse que um ser humano tão pequeno
sente???????????????????????????????????
A vida me ensinou que as
pessoas são diferentes e cada uma possui uma característica especial. O dom da
Lud creio ser o SONO! Chega a dar gosto ver uma mulher com tanto sono assim!
Aquela Baixinha possuía
algo diferente que me amarrava cada vez mais...acho que era aquele jeitinho
mimado que eu tanto adoro. Aquela maneira delicada, cheirosa, arrumadinha,
carinhosa, “patricinha” que ela andava...AIAIIIIIIIII (suspiros).....
É sabido e consabido que
daí pra frente foi tudo rápido...um Astra e um C4 se transformaram em uma casa,
um C4 e uma cachorra! (de cara saí perdendo meu carro e arrumando uma filha! hahhha)
A vida mudou, conheci
pessoas maravilhosas em BH...família..novos amigos...mas principalmente conheci
melhor minha querida e amada Sogra (era brincadeira o fato do telefone viu
minha sogra) e meu sogro, cito: João de Brumadinho.
Aqui outra parada estratégica:
Quando estávamos a caminho de BH pela primeira vez seu João me foi relatado da
seguinte forma: Meu pai é ciumento, bravo e de poucas palavras. Se ele não
falar ctgo não é porque não te quer bem, ele só não quer assunto! Assim como
meu amigo duvidou de minha capacidade quando conheci a Lud, a própria comete o
mesmo erro.
Um find em BH, recepção
calorosa da Clézia e um sogro com cara de poucos amigos. Pensei: Tô bem, se não
me bota a correr agora se ferrou!!!hahaha!!!! O resultado foi que após conhecê-lo
melhor no domingo antes de voltarmos para POA, já estávamos a beira de uma
churrasqueira (claro neh! Tinha que mostrar os dotes) com costelão no fogo e
Antártica gelada (ôôôôôô gosto ruim pra cerveja que tem aquele homem). Pois
bem, cheguei a pensar nesta hora que a cerveja ruim seria a maneira encontrada
pelo seu João de me botar a correr.
Sendo assim....Ferrou-se!
De novo! Sou Gaúcho total flex!!! Sendo douradinha e fazendo espuma, tomo até
guaraná com sabão em pó!!!
Ficamos naquele momento em
Pedro Leopoldo curtindo a família e os prazeres de jogar, beber e comer. Vida
muito ruim aquela...hahahahah
Voltando ao curso de minha
já confusa história, e de forma sintética: Compramos o cachorro, compramos a
casa, fomos morar juntos, noivamos e hoje estamos aqui...completando um ano.
Se não perceberam ainda,
melodrama e frases ao estilo Fagner e Wando nunca foram meu forte. Mas Lud,
“você é sim e nunca meu não....meu Iaiá, meu ioiô”.
Sou muito feliz por este
período de tempo que vivi. Descobri que precisava evoluir, voltar a estudar,
conquistar, crescer e principalmente precisava pagar as contas!!!hahahaha sabem
como é caro casar??? Até hoje não sei porque raios resolvi ser advogado!
Deveria ter estudado 6 anos para se dono de Buffet de noiva! Deveria ter estudado
para se estilista-não-fresco que faz vestidos de noiva!!!
Fato é que neste feliz
espaço de tempo, conquistamos nossa casa, carro, cachorro, noivado, OAB e
principalmente nosso espaço como casal. É apenas o primeiro de muitos e tenho
certeza que ainda verei aquela baixinha linda e bocudinha cheia de pelancas
linda e bocudinha (talvez de chapa!hahahaha)
Despeço-me aqui desta
intervenção masculina do noivo sem o mesmo talento, tato e até mesmo finésse que este espaço merece. Grande
abraço a todos.
PS1: Não posso alongar
mais o texto em razão da necessidade de arrumar um ótimo restaurante para hoje
a noite. Posso não ser mais solteiro, mas aquela dica que dei no início ainda é
usada com maestria por este pobre rapaz Cachoeirense!
Que lindo texto, Mateus!!
ResponderExcluirSem dúvida alguma, além de todos os quesitos que vocês dois combinam, o dom da escrita é algo comum aos dois!
Já conhecia boa parte da história, mas é ainda mais legal ler a narrativa um ano depois! (Você, noiva, sabe como adoro versões de uma mesma história, né? Sabe que daria um livro? heehe enfim..)
Só me resta desejar que esse seja apenas o primeiro capítulo de tantos outros que virão, ainda mais felizes que este!
Toda felicidade e amor ao casal!
Beijos,
AAC!
Que lindas palavras as suas também!!!
ResponderExcluirEstou adorando escrever o blog porque tenho a oportunidade de também ler coisas deliciosas, como as que você escreveu!
Brigadão! Em nome dos noivos!
Beijos!
E eu que pensava que a Mila é que sabia escrever muito e bonito....Que casal mais perfeito! mas adorei mesmo a parte da bocudinha e baixinha, pena que ele não escreveu o terceiro B. Parabéns por este primeiro ano tão intenso e feliz. Beijos da madrinha.
ResponderExcluirHahaha Só vocês dois mesmo pra enxergarem tantos Bs em mim! Diga-se de passagem, todos injustos! :)
ResponderExcluirBeijo madrinha querida!
PS: Se vc já achava difícil conseguir acompanhar o blog só com o que escrevo, imagina depois desse pequeno textinho do Mateus, hein?!
Oi Ludmila!! Tbm estou nos preparativos do casamento e achei seu blog por acaso... Amei o que seu noivo escreveu e me diverti horrores!! Rsrs. Parabéns e sucesso pra vocês.
ResponderExcluirBjs
Olá Luciene!
ResponderExcluirQue bom que gostou! Muito obrigada!!!
Quando você se casa? Em BH também?
Beijos! E boa sorte nos seus preparativos!